27.4.11

Quem morreu enforcado mesmo?


Descobri que as escolas infantis tiveram que fazer um pequeno ajuste no calendário de datas comemorativas nos últimos dias. Algumas decidiram contar às crianças, somente esta semana, a vida e obra do grande líder Tiradentes. Explicações dadas, fui obrigada a concordar. Vamos aos fatos:
Dia 19 de abril, terça-feira – Dia do Índio – A meninada foi para a casa com a cara pintada, cocares coloridos e um monte de informações sobre os costumes dos que já foram os donos desta terra chamada Brasil. Ah, e com direito a dança da chuva, com a mão na boca, cantando Uuu huuu huuu!


Dia 20 de abril, quarta-feira – Último dia de aula antes do início dos feriados.
Dia 21,feriado - Dia de Tiradentes. Mas considerando que o próximo domingo seria o da Páscoa, venceu o coelhinho, para a alegria da meninada. E dá-lhe muito algodão nos trabalhinhos feitos em sala de aula. Neste dia foi a vez das orelhinhas enfeitarem as cabeças dos pequenos. No rosto os bigodinhos fininhos e o nariz bem vermelhinho. E como não poderia faltar, um saboroso ovo de chocolate na cestinha. Será que as professoras se lembram de explicar para as crianças que coelhos não botam ovos?
Vi escolinha rasteada por patinhas de coelhos que passavam bem próximas das trilhas das mini-aldeias indígenas. Ainda faltava ensinar o sentido religioso da Páscoa. Afinal, aonde entra Jesus Cristo no meio desse tanto de chocolate, coelhos, flechas e índios?
Então, não houve alternativa, senão, a licença “poética”, de enforcar Tirantes na segunda-feira, 25 de abril. Na volta do feriadão, pós overdose de chocolate.
Pensam que acabou? Não! Como será que ficou a inauguração da Brasília do nosso eterno Presidente Juscelino? Por aqui, acho que foi banido das comemorações escolares. Motivo: agenda lotada. Mas lá, na própria Brasília, seguro que não deu para escapar.


Fico pensando nas terríveis possibilidades de diálogo nas casas:
- Amor, conta para a Mamãe o que você aprendeu na escola esta semana!
- Ah Mãe, muita coisa! Deixa eu ver... Que Tirantes... Morreu na cruz, mas foi curado por um índio... Poucos dias depois. Jesus foi... Enforcado... Coitado... Acho que lá em Brasília. Que o coelhinho da Páscoa vai trazer o meu ovo! Não vai mãe? Eu quero o meu com brinquedo dentro! Tá?!



18.4.11

O final de semana do pai


Era domingo, final de semana das duas meninas almoçarem com pai. Almoço tranqüilo, voltam passeando de carro , quando passam diante de uma choperia inaugurada há alguns meses na cidade.  O pai se dá conta de que em sua nova vida de solteiro ainda não tinha desfrutado do chopp da recém inaugurada casa e exclama:
- Preciso vir aqui. Ainda não conheço este lugar!
- A mamãe disse que o chopp é horrível! – Avisa logo a filha mais nova, sentada no banco de trás.
- Ué, sua mãe está bebendo agora? – Questiona o pai.
- Sim! – Confirma a pequena e ainda completa, para desespero da irmã mais velha no banco da frente. Não achando nada recomendável o rumo da conversa. – Outro dia ela foi com as amigas lá naquele bar! No final da avenida. Sabe? E tomaram quinze chopps! Quinze chopps! Acredita?! Cinco cada uma!
- Ah, é assim agora?! Lá?! E como assim ela está freqüentando os lugares que ela sabe que eu freqüento?! – Ironiza o pai.
E a caçula explica logo, pondo fim à conversa:
- A mamãe falou que não tinha problema, que você estava viajando.

15.4.11

Fora de mim e sem Martha Medeiros


Quando fiquei sabendo da palestra de lançamento do livro “Fora de Mim” da Martha Medeiros, enlouqueci. Mesmo tendo deixado para o último dia um trabalho da pós-graduação, não pensei duas vezes. Passo a madrugada fazendo, mas vou.
Separei câmera fotográfica, agenda, duas canetas (por precaução) e parti. Já me imaginei anotando as frases inteligentíssimas da Martha Medeiros e divulgando em “primeira mão” no blog e no Facebook. Imaginei o momento do autógrafo, a pose para a foto e viajei... Viajei até chegar ao evento e ver que não tinha saído do lugar.
Para facilitar, o horário. Pegar o trânsito no centro da cidade, estacionar, numa quinta-feira às sete da noite, vamos combinar, já é dose para leão. De enlouquecer mesmo, foi a moça do estacionamento fazendo contas hipotéticas para me ajudar a decidir, se era melhor eu pagar por hora ou pernoite.  Coitada, só queria ser gentil, mas o tempo era curto! Saio em disparada rumo ao museu onde seria o evento. De repente, algo estranho. Que tanto de buracos são estes no passeio? Não! Era o salto do meu sapato que havia acabado de se quebrar. Continuei firme, e agora manca, a minha corrida. De longe vejo uma fila do lado de fora. Umas quarenta pessoas na minha frente. Faltavam dez minutos para o início.  Muito zum, zum, zum e ficamos ao todo umas 150 pessoas sem entrar. Como assim?! Dois motivos.
Primeiro, as famosas “carteiradas”.  Inúmeras foram as pessoas que entraram sem fazer fila. Os porteiros explicavam que tinham convites. Outras vezes diziam pertencer ao “núcleo” (???). Fora as que chegaram quase meia hora depois do horário marcado, foram para o final da fila e quando olhamos, já estavam lá dentro. É o famoso jeitinho brasileiro que dá vergonha!
Segundo, o local do evento: o Museu Inimá de Paula. Não tem capacidade adequada para receber uma escritora como ela, de tamanha importância na atualidade. Há quase um mês o mesmo evento foi organizado para receber o querido Rubem Alves. O local? Nada menos que o Palácio das Artes. Os organizadores se desculparam dizendo que não imaginavam uma receptividade tão grande para a Martha. Helloou! Estamos falando de Martha Medeiros! Dona de uma inquestionável legião de fãs. Escritora símbolo da nova geração de mulheres.
Recuso-me a acreditar que a mulher ainda tem um peso menor até nestes momentos. Porque não o Palácio das Artes para a Martha Medeiros?
Lembrei-me do projeto de pesquisa que deixei por fazer para ir ao lançamento. Tema: “A importância que se observa que o site da Revista Época dá ao público feminino como leitor diário de notícias gerais”. Sim, o site está atento a esta multidão de mulheres  representadas nos textos da Martha e nos milhares de blogs na web.
Pois volto eu, sem frases excepcionais, sem fotos, sem livro, sem autógrafo, mas manca e com um pedaço de salto no bolso. Completamente “Fora de mim”.

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Foto do sapato gentilmente usada e pior, adulterada, sem autorização do meu querido Luiz Paulo. São 3 da manhã e não vou conseguir sua resposta agora. Sei que será positiva. Portanto, obrigadinha! http://www.facebook.com/LPzinho


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Trailer do inesquecível Divã, baseado no livro de Martha Medeiros.


13.4.11

Hoje é dia do beijo


Beijo é maravilhoso porque você interage com o corpo do outro sem deixar vestígios, é um mergulho no escuro, uma viagem sem volta. Beijo é uma maneira de compartilhar intimidades, de sentir o sabor de quem se gosta, de dizer mil coisas em silêncio. Beijo é gostoso porque não cansa, não engravida, não transmite o HIV. Beijo é prático porque não precisa tirar a roupa, não precisa sair da festa, não precisa ligar no dia seguinte. E sem essa de que beijo é insalubre porque troca-se até 9 miligramas de água, 0,7 grama de albumia, 0,18 de substâncias orgânicas, 0,711 miligrama de matérias gordurosas e 0,45 miligrama de sais, sem contar os vírus e as bactérias. Quem está preocupado com isso? Insalubre é não amar. (Martha Medeiros)


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Para mim, todos os dias é dia do beijo!
Claudia Ligório


12.4.11

E o focinho do porco não era a tomada


E como de costume, estavam as duas amigas atualizando as novidades via bate-papo do Facebook.
- Eu adoro viajar na maionese... Estava pensando em uma coisa...
- Diga!
- Eu decidi fazer uma coisa... Vou enviar uma mensagem pro médico da minha mãe.
- Ãn? O bonitão? E falar o que?
- Hum... Cara de pau mesmo. É... Vou mandar uma música.
- Como assim? Ele deu esta deixa?
- Não deu deixa, não. Vou mandar aí para você ver. Mas vou mandar assim mesmo!
- Você vai mandar uma música para alguém com quem só conversou sobre tratamentos médicos?! E da sua mãe?! Kkkkkkkk
- Pelo contrário... Vou dormir. Estou com sono.
- Você ficou com raiva porque eu ri da história da música! E qual é a música? Agora conclui, né!
- Tô meio dormindo. Vou sair e te mandar a música.
- Não acho errado você mandar. Só fiquei surpresa!
- Fui. Inté!
- Inté... Boa noite...
Logo ela escutou o sinal de mensagem no celular. Ficou um pouco mais no computador igual a quem toma um telefone na cara e precisa fingir que ainda está falando com o outro na linha para ninguém notar.
Já na cama, lembrou-se da mensagem.
- É mesmo, vou ver qual era a música, afinal!
E leu a mensagem.

“Eu quero te roubar pra mim. Eu que não sei pedir nada. Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino... Agora seja lá o que for... Eu só quero saber em qual rua
minha vida vai encostar na tua...

Beijos. Boa noite.”

A amiga sempre a surpreendia. Hora extremamente retraída, hora extremamente ousada.
- Nossa! Que coragem! Metade das mulheres, com certeza, já pensou em mandar esta música para um cara. A outra metade já deve ter mandado! E ela já estava até com a música digitada. Prontinha! E que história é esta de "pelo contrário"? O que rolou que eu ainda não sei? Ô danada! Diria a minha avó. Amanhã dou uma força para ela mandar. Se é que precisa.
De repente ela cai na risada sozinha. Lê a mensagem de novo...
 - Imagina se alguém pega meu celular e lê esta mensagem do jeitinho que está! Vai tentar explicar! Assim começam até guerras... Deletando...

10.4.11

O Banheiro, o Women e o Chopp


Ah, coisa boa é sair com amigos para um chopinho no fim do dia! Não é mesmo? E sabe como é, um chopp leva a outro e quando se vê, por mais que se segure, é dada a hora de ir ao banheiro. Já observaram como estão cada vez mais inusitados estes identificadores de masculino e feminino nas portas dos banheiros de bares, restaurantes e cia? É o tal do design. Só sei que, muitas vezes, acertamos o sentido dos desenhos  unicamente pela exclusão. E lá fui eu com um casal de amigos, colocar a prosa em dia. Depois de “alguns” chopinhos, parti rumo aos toaletes, já ligada no propósito da interpretação dos desenhos para entrar no banheiro certo. Paro diante das portas... Por alguns segundos, fico analisando profundamente as letras... Sem desenho algum... Não tenho dúvidas de que é a porta da esquerda o banheiro destinado às meninas... Sigo em frente! Que susto tomei quando dei de cara, ou sei lá se de costas, com um senhor esvaziando a sua bexiga tranquilamente. Saí em disparada, sumindo pela porta contrária. Na tranqüilidade do meu xixi, pensava: tenho certeza que li Women... E tenho certeza que women é mulheres em inglês.  E já revoltada questionava: Mas para que colocar em inglês os identificadores dos banheiros? Não entendo qual o sentido destas complicações... Preciso saber o que aconteceu... Lavo minhas mãos apressadamente e saio. Fixo bem meu olhar na porta diante de mim e leio em bom e claro português: HOMEM






7.4.11

Revelações de um amigo gay...

Leitoras queridas,
Estava com muito, muito medo da reação do Aldo ao ler o post "O  1° amigo gay a gente nunca esquece". Antes de postar, cheguei a pensar em mudar o nome dele na história. 
Hoje recebo uma ligação da nossa amiga em comum. Estaria me enviando por e-mail a resposta do Aldo para ser publicada neste blog. Fiquei rosa chicletes! 


Revelações de um amigo gay...

Ao ler o post, fiquei pensando que nunca havia “pensado” sobre amigas hétero e depois disto resolvi fazer uma listinha (do meu ponto de vista, claro) sobre a relação gays/ amigas hétero. Aqui vão algumas “pérolas”:

Amigos gays sempre são fiéis. A gente adora ficar íntimo delas, porque o preconceito ainda existe e mulheres que não temem gays são mais bem-resolvidas, despachadas e começam a fazer parte da nossa família (Vale dizer que muitos gays criam suas “famílias do coração” porque as consangüíneas, muitas vezes o rejeitam).

Gays são venenosos por natureza. Então, se vai conviver com eles prepare-se. Mas tem suas vantagens: sabe aquela inimiga? Será acabada, em pelo menos dez adjetivos, por eles. Sabe aquele cara mala? Ele vai e diz às coisas que você não tem coragem de dizer. Sabe aquela situação que você não tem coragem de enfrentar? Seu amigo gay vai lá e diz. E não se intimide, se algum gay íntimo seu disser que você está gorda. Só tem duas alternativas: ou ele é invejoso e não é seu amigo, ou ele está te elogiando (sim, como vocês, também dizemos uma coisa, querendo falar outra. risos.

Aproveite e desvende como os homens pensam. Podemos gostar de homens, mas não se esqueça: somos homens e sabemos exatamente como pensamos. Também achamos mulher complicada, temos pavor de menstruação e não teríamos a menor força para encarar uma gravidez; separamos sexo de amor, sabemos reconhecer quando um cara mente para você e definitivamente, às vezes, as achamos super complicadas.

Não queremos ser mulher. Não a maioria, pelo menos. A não ser alguém com tendência travesti ou transexual, que com certeza se tornará uma “mulher”. Gays adoram serem homens e gostar de ficar com homens. Para nós funciona assim: menos frescura, direto ao ponto. Nem me imagino sem meu pênis (é, até os gays são falocêntros ... homens...).

Seu amigo gay nunca será hétero. Já vi muita amiga de gay ficar apaixonada por eles. Aliás, pense bem, falamos sobre tudo, gostamos de moda, somos atenciosos e... sorry, não gostamos de ir para cama com uma mulher (o mundo não é perfeito, né?). Por isto nem tente uma conversão, o máximo que vai conseguir é perder o amigo. Ex-gay é igual a cabeça de bacalhau, todo mundo sabe que existe, mas ninguém viu. Lembre-se: a única máquina capaz de transformar um gay em hétero é o photoshop.

Estamos do mesmo lado.  Não se iluda, não estamos no mercado concorrendo pelo mesmo homem. Aliás, se um homem se interessa por um gay você ainda acha que ele é hétero? Nunca soube de um caso que um gay amigo roubou o namorado da amiga. Aliás, namorado de amiga nossa pode ser gostoso, a gente pode brincar de atacar, dizer “ô lá em casa”, mas é igual a galã de TV: a gente bem queria, mais nunca será nosso. Porém, namorado de amigo gay...humm... melhor ficar calado.

Use nosso gaydar. Dizem que gay tem o olhar de “cigana oblíqua dissimulada” igual o da personagem Capitu. Sabe o que isso quer dizer? Conhecemos outro gay só de olhar. Nosso radar (mais conhecido como gaydar) quase nunca falha. Então, se agente disser desconfie do boy, desconfie.

Você tem apelidos. O universo gay tem uma linguagem particular, então não se insulte se a gente te chamar de bixa (já viu o gay da novela das 9h conversando com a personagem da Débora Secco?), amapô, viada, racha... todos são adjetivos “amigos”.

Gays são homens de alma feminina.  Outro dia fiquei abismado com o que o fantástico revelou: as mulheres falam 2 mil palavras a mais que nós (!). Por isso nenhum hétero suporta quando você fala tanto ao fim do dia, quando ele já está esgotado. Mas nós não. Falamos muito também, adoramos conversar sobre perfumes, roupas, novela, fofoquinhas, piadas e afins. Portanto, quem tem amigo gay pode deixar as frufuzices para os amigos e não torrar a paciência do namorado. Inclusive quando for às compras (aliás, hétero em shopping só é bom para pagar as contas).

Prova de fogo. Tenho uma amiga que sempre que arruma um namorado novo, marca encontro com a turma de amigos gays – segundo ela, é o teste final. Tem o que dá encima do namorado dela (você já ficou com um homem? Não? Então como tem certeza de que não é gay?), tem o que fica fazendo análise psicológica do moço (ele é meio calado, sei não e tinha marca de aliança...), tem o que fala dez mil besteiras para chocá-lo (gente, ontem fiquei com três caras na sauna, estou todo dolorido. Mas KY dá jeito em tudo, anote aí para usar com minha amiga), tem o que faz a análise visual e fashionista (nossa ele é cafona, né? Mas segura que ele é gostoso e homem está em falta no mercado), tem o que conversa para sacar o grau intelectual do seu pretendente? (Estou lendo os livros e romances mais existencialistas agora, você conhece Oscar Wilde? Você viu o filme Dog Ville?) e o que faz análise da conta bancária (hum, chegou de novo Uno, mas é tão ambicioso que logo vai estar com uma Ferrari. E você viu o relógio Armani, o bofe é poder...). Bem, se o seu gato sobreviver a este time, você pode apostar em casamento.

Gays gostam de mulheres hétero e adoram detestar sapatas. Bem, na verdade até temos amigas lésbicas (que nenhum outro gay leia isto), mas adoramos detestá-las. Afinal, vamos ficar comentando o quê com elas? Como as pernas da Ana são bonitas? Eca, prefiro comentar com minha amiga: nossa você viu o garçon? Nem precisa ser inteligente, só basta ser bom de cama. (olha, comentar isto com uma amiga, não tem preço). Mas pense bem, lésbicas são legais porque diminuem nossa concorrência neste mundo cão... rs.

A gente a-d-o-r-a falar de sexo. Como já disse antes, somos gays, mas somos do sexo masculino com hormônios a flor da pele e adoramos falar (e fazer) sobre sexo. Aproveite e troque experiências (olha que todo gay sempre tem um bom “truque” na cama para compartilhar com as amigas). P.S.: A gente acha que as mulheres perdem muito com regrinhas tipo: sexo só depois do terceiro encontro, faço tudo, menos aquilo. Regras gays: sexo, depois se der certo, quem sabe, um segundo encontro.

Adoramos rir. Gay e bom humor combinam. Aliás, você já ouviu a piada: O que faz, uma lésbica, um gay e uma mulher hétero no segundo encontro? A lésbica: casa. O gay: que segundo encontro? A mulher hétero: depende da conta bancária.

Mulheres que queremos manter distância:  As inseguras, as mal resolvidas, as tradicionais, as despeitadas.

As que adoramos: todas tipo Sex and the City.  As Carrie Bradshaw (que fazem um monte de besteira, ficam com os caras errados, mas são amigas, sinceras e adoram moda), as tipo Samantha Jones (corpo de mulher, atitude de gay. Elas se comportam como homem, transam primeiro e perguntam o nome depois; são donas do seu nariz e adoram ser livres e desimpedidas), as Charlotte York (românticas, sonhadoras, as vezes careta, mas sempre amigas e carinhosas) e as Miranda Hobbes (Poderiam ser homem, mas são mulheres. Poderosas, colocam o homem na coleira, mas no fundo, no fundo, lá no fundo, são sensíveis e super femininas). Bem daí vocês já sabem que sim, nós adoramos seriados femininos.

O que penso das minhas amigas. Não importa se as mais antigas, que me acompanham de longas datas, ou as novas que conheço em uma festa de casamento e já me fascinam:
a)  Como elas são especiais;
b) Se elas soubessem, poderiam dominar o mundo;
c) Como eles (os héteros) são bacacas. Estão perdendo (ou não) uma mulher incrível.

Aldo Clécius – professor universitário, jornalista, consultor de moda e primeiro amigo gay da Claudia.


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2.4.11

Ligando o desconfiômetro!



Segundo uma estudo feito, a pedido da Warner Brothers, para o lançamento da comédia Hall Pass, a famosa crise dos sete anos não é mais a mesma. O clima está esquentando atualmente, nos relacionamentos, a partir dos três anos mesmo. Pelo visto, a escassez de tempo para tudo bateu à porta das crises conjugais. Nada de esperar por sete anos aquilo que já nos incomoda aos curtos 36 meses.
Mas fiquei extremamente chocada com a lista dos 10 motivos alegados pelos casais, como as principais causas do fim de uma paixão.


Vamos à lista e aos comentários:

1. Ganho de peso e falta de exercícios
Infelizmente muita gente pensa que cuidados com a aparência é futilidade. Se não damos a devida atenção a nós mesmos porque outros darão?


2. Avareza
Ser escravo dos bens que se possui é muito triste. Depois morre e faz o que mesmo? Evidentemente que não falo de se torrar tudo. Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar.

3. Horário de trabalho incompatível socialmente

Este é um tema difícil de opinar.
 
4. Higiene pessoal precária

Ao que me conste, higiene se aprende na infância. O Clodovil em seu programa na Rede TV disse que os homens não sabem nem fazer a higiene de suas partes íntimas. Afirmou que costumam ter "cheiro" de queijo podre. Socorro!!!

5. Contato excessivo ou escasso com familiares

Lembrei-me de um pensamento, dito judaico, muito interessante. A melhor distância para se morar de sua sogra: Nem tão longe que ela precise vir de malas, nem tão perto que ela possa vir de chinelos.

6. Ausência de clima de romance - incluindo sexo e carinhos

Conheço vários casais que só sabem fazer programas com os filhos. Mas fico feliz em ver outros que não dispensam os dias e viagens exclusivos aos dois. Momentos "Love is in the air"! E pare de esperar que o outro faça primeiro. Comece, hoje, você mesmo!
 
7. Consumo de álcool em excesso

Alguns pilequinhos para contar aos netos é normal! Agora, alcoolismo é uma doença e quem tenta o tempo todo ajudar o alcoólatra a sair desta, também está doente. Co-dependência, falaremos em breve sobre isto.

8. Ronco e outros hábitos desagradáveis durante o sono

Sou da teoria que quartos e banheiros separados contam muito na duração de um casamento.  Preservem sua intimidade. Escatologia, noves fora, onze, tô fora!

9. Desleixo com o vestuário, incluindo peças íntimas velhas

Gente, vocês se lembram de como no início do relacionamento faziam uma dura auditoria nas peças íntimas que iriam usar no encontro com a sua cara metade? Agora me respondam? O que faz vocês pensarem que estão dispensados disto?

10. Mau uso do banheiro

Leia novamente o item 8. 


Só digo uma coisa:
Não tem terapia que resolva a maior parte dos problemas acima.
Falta mesmo é desconfiômetro!!! De quem age errado e de quem suporta!

1.4.11

Eu escrevo, ele escreve, ela também escreve, nós...



Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir.
O que confesso não tem importância, pois nada tem importância.
Faço paisagens com o que sinto.

(Fernando Pessoa)