18.3.11

Qual é a sua Neura?


Nasci em uma família com tendência a ter uma estatura mais elevada. Característica esta, sempre encarada de uma maneira natural e até com um certo orgulho.  Ninguém faz o tipo deselegante, encurvado, querendo se esconder. Fiquei, de certa maneira surpresa, em um período em que trabalhei no mercado da moda e descobri que mulheres altas não costumam gostar de sapatos de salto. Elas são as que mais gostam de sapatilhas e rasteirinhas.  O resultado, observamos nas liquidações. Sobram modelos de salto alto com numerações grandes e modelos sem salto nas numerações inferiores. Acho ótimo! Faço a festa! Sempre que saio para comprar um sapato baixo fico séculos escolhendo, escolhendo e não agrado de nenhum. Ao final, acabo levando, no mínimo, mais um de salto para a casa. E não é saltinho não, é saltão mesmo. Porque vamos combinar, salto é tudo! Ganhamos, por supuesto, alguns centímetros na estatura e na elegância.
A primeira vez que me dei conta de que nunca vi na minha altura um problema, foi quando assisti à hilariante peça “Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou” com Mônica Martelli. A divertidíssima personagem vê como um empecilho para conseguir um namorado, a sua altura, algo em torno de um metro e setenta e alguma coisa. Afinal, segundo ela, isso restringe as opções de escolha. Mulher baixa teoricamente pode ser escolhida ou escolher entre todos, já as altinhas têm suas opções mais escassas.  Em uma parte ela fala que não tem noiva linda e alta nas revistas. E por aí vai uma lista de complicações muito engraçadas.
Pensando no assunto, lembrei do meu médico me contando que uma amiga da sua esposa havia sido uma criança e uma jovem muito bonita e elogiada por todos. Quando mais velha, tinha se transformado em uma mulher que ele considerava muito, muito feia e peruérrima também. Mas talvez por todos os elogios que ouviu em sua juventude aquilo passava despercebido a ela. Vestia-se, portava-se e acima de tudo, sentia-se como a mais linda das mulheres. Vivia alheia a todos os possíveis críticos de sua maturidade decadente. Indiscutivelmente sua auto-estima foi nutrida fartamente na época certa.
E assim nossas características naturais podem virar um ponto contra ou a favor, dependendo de como o assunto é tratado no meio em que fomos criados. Conheço um pai que sempre chama a filha caçula de seis anos pelo “meigo” codinome “gorduchinha”. E não que ela seja gorda, simplesmente tem um tipo físico mais redondinho. Corre o sério risco de na fase adulta mesmo magrinha sempre se achar acima do peso. Mesmo que todos os homens a enquadrem no perfil “mulher muito gostosa”.
E você, de quais neuras anda precisando se livrar?


Link:
Site Oficial de Mônica Martelli

Imagens gentilmente cedidas pelo amigo Luiz Paulo.
Um grande admirador das mulheres altinhas.

3 comentários:

  1. Oieee Claudia! Bom, sobre as neuras, acho que de verdade sempre encanei com o fato de ser tímido. Óbvio que isso era mais claro qdo eu era mais novo, pq com o tempo a gente acaba descobrindo caminhos, estratégias pra superar isso um pouco. Entre estes caminhos, fui trabalhar em rádio, fiz teatro e dar aulas... superação maior, impossível. Mas poderia ser pelo fato de ser baixinho, ehehe porém não, graças a Deus sempre amei isso e melhor, acabei namorando apenas as mais altinhas, inclusive, as japonesinhas que eu namorei ... todas altas, mas altas mesmo! hehehe E eu sou sincero, adoro ver a mulher no alto. Se for baixinha, que use Louboutin de salto 12, peep toes de salto 14, meia-pata e afins. Se for alta, tb heheheh
    Agora é comum ver a mulherada com neuras sobre os pés né? Muitas acham eles grandes, finos, feios demais... isso dá assunto tb ein ehhe?

    Beeeeeeijo querida, e sucesso sempre! Te adoro!

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  2. Concordo com a personagem de Mônica Martelli, a altura pode ser um empecilho sim, para nós mulheres. Isso foi um problema para mim durante a adolescência. Com 1,74m desde os 13 anos, e a mais alta da turma desde sempre no colégio, era horrível ser sempre a última da fila ou ter que dançar quadrilha com meninos de uma classe acima para a altura 'bater'. Somente agora, já adulta e mais confiante, comecei a usar saltos altos e ter muito orgulho de ser uma mulher 'acima da média'! Adorei o blog! Bjus!
    Ana Paula Pires

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  3. LpZinho, anjo que Deus colocou na web da minha vida. Um exemplo a ser divulgado, esta sua história de vida. Amo as suas fotos de mulheres grandinhas.
    Beijos e obrigada sempre!!!


    Minha querida Ana Paula, uma linda e alta noiva que tive a honra de ver subir ao altar. Muito bom esta superação porque você é uma mulher elegantérrima.
    Sabia que eu disputava com uma amiga quem seria a última da fila da escola? Normalmente era ela e eu ficava frustrada. Então a gente passava para o pé e media qual usava o número maior. Tudo isto considerando que quanto maior melhor. Dá para acreditar? A única lástima era que no caso da fila a gente ficava longe da professora.
    Beijos e parabéns pelo blog. Adoro!

    A propósito... Acabei não falando minha altura: 1,75. Pés 38. Tudo com muito orgulho.

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